sábado, 21 de maio de 2011

Happy Birthday

Eu gosto de fazer aniversário. Eu realmente gosto de fazer aniversário. Não que haja alguma teoria inabalável para isso. Mas, na prática, eu gosto de fazer aniversário. Mesmo após 27 anos eu não canso de entoar o Ré Ré Mi Ré Sol Fá#. Meu namorado diz “você fica realmente feliz por causa de aniversário, é surreal!”.

Como uma pessoa pode gostar de ficar mais velha? Eu acho que é porque existe a tal magia do aniversário, aquela semelhante a tal magia do natal, sabe. Aquela sensação de uma data única que acontece somente uma vez no ano e que esperamos 365 dias para chegar.

Desde pequena eu gosto de aniversários, porque cheiram perfume com chocolate. Talvez um pouco do perfume da minha mãe com os brigadeiros feitos em casa. Mamãe dizia que dia do aniversário é dia em que se pode fazer de tudo e ninguém pode ficar bravo com você. O engraçado é que até hoje ela repete a tradição.

No dia do meu aniversário eu posso escolher o que vou almoçar o que vou jantar e onde vou fazer tudo isso. Podia ouvir música mais alto, andar de meia pela cozinha, comer bolacha na sala e ir dormir bem depois que a novela acabasse. Além de tudo isso, tinha a festa!

Era toda uma preparação antes da festa. Fazer a lista de convidados, escrever todos os nomes nos convitinhos. Ajudar o papai a encher as bexigas. Ajudar a mamãe a enrolar os brigadeiros com manteiga e açúcar. Arrumar o quarto e sala. Usar roupa nova. Já a decoração, era pintada à mão pela tia Sueli.

Os primeiros a chegar eram sempre meus avós, depois os tios e, aos poucos, os coleguinhas de escola. O legal era ligar alto o som do Trem da Alegria e brincar de pega-pega dentro da piscina vazia. Era a única vez no ano que era possível reunir todo mundo que se ama, os avós, os tios, os primos, os pais, os amigos de escola, e todo mundo que você queria convidar.

Para criança, o bom são os presentes. Mas a melhor parte deles era rasgar todo o papel e jogá-los embaixo da cama (porque diziam que dava sorte) e depois deixar todos os presentes expostos ali em cima. O parabéns, o bolo, os docinhos, o bexigão e sacolinha surpresa completavam aquele dia, que sempre pareceu ser o melhor de todos!

Tudo isso se repetia anualmente, os coleguinhas mudavam, alguns tios e avós já não apareciam mais e deixavam saudades. Enfim, chegou o dia que meus pais perceberam que as festas de aniversário não cabiam mais em casa. Todo mundo já podia ir dormir mais tarde e queriam tocar violão até de madrugada. Um ou outro engraçadinho se jogava na piscina (dessa vez ela estava cheia). Então a festa deveria mudar de endereço, porque os pais também já não estavam mais tão novos para ficar acordados até tarde.

Na casa do vô podia rolar até as quatro. Os convidados enchiam a sala, a cozinha e até a garagem. Eu convidava todo mundo: os amigos de faculdade, amigos de escola, amigos de balada e conhecidos de show. O fim da noite era sempre igual. Eu e a Sarah catando os últimos pedaços de salgadinho grudado no tapete, a Michele e Carol lavando o vômito de alguém na garagem e o Ricardo e a Marina tocando aquela música do AC/DC na sala.

Teve até um ano, que na falta de uma, fiz duas festas de aniversário. No fundo, eu acho que era só desculpa, ou uma tentativa de se ter dois momentos mágicos em uma tacada só. Não lembro se deu certo. Mas valeu a lembrança.

Este ano não teve uma festa festança como havia antigamente, e até os amigos estranharam. Convidei o pessoal para tomar um saquê lá no bar do Rattin. Não era tão aconchegante quanto a casa do vô, nem tão mágico quanto a piscina vazia. Mas demos boas risadas e fomos dormir um pouco mais cedo que o habitual. Afinal, a idade não é mais a mesma. Para o ano que vem...não sei. Mas ainda tenho 360 dias para planejar!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Hoje...

Hoje eu estou triste... de uma tristeza que não sei.
Um nó na garganta, umas reviravoltas no estômago.
Um medo que não cabe aqui.
De não saber o que se passa ai.
E, às vezes, eu já nem sei mais.
E eu peço pra entender.
E peço paz.
E peço sossego.
Peço eu, você e nós. ponto.
Peço eu, você e paz! exclamação.
Peço, eu, você e sempre...reticência.
Peço, eu, você e simplicidade, naturalidade, compreensão, amor, durabilidade, paciência, ternura, razão e coração. Em par.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar". (SARAMAGO)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Li isso e achei tãão verdade...

CONVITE PARA JANTAR - O DESABAFO DE UMA MULHER.

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas...Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo:
- “Vamos jantar amanhã???”.
Você sorri e responde:
- “Claro, vamos sim!!!"

Foi dada a largada...Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher "sempre se acha gorda". Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e, quando sente que vai desmaiar, come uma fatia de queijo. Primeira coisa: fazer mãos e pés...Vocês (homens) devem estar se perguntando:
- “Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?”

Lei de Murphy: Sempre dá merda!!! Uma vez, pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames..Tomei no ... bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.

- Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar?
Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha, etc, etc. Tem mulher que depila até o ... ! Mulher sofre!!!
Dia seguinte: É hoje o grande dia!!!
- Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão.
- Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).
"Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente."
Surge aquele dilema da roupa. Com certeza, você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos.
Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o
porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: “Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens”. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem!!! Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa, eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA!!!! - Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você?

"Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar, a calça perfura o pâncreas." Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa :
- “Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foooda!!!”
Aí você começa a pensar:
- “E se, mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha...”
- Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'.
Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir.
Os sapatos: Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: - Ou é bonito, ou é confortável.
Uma vez, um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!
- Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro!!!
Posso não usá-lo, mas quero tê-lo...Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo:
- “Será que dou para ele?
É o terceiro encontro, "talvez eu deva dar...”. Começa a bater a ansiedade.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro?
- “Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem???”
- Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida!

Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada.

- Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo!!! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar!!!

"NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, GRAVE!!!"

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro, já toma um eufemismo na lata “MMM... tá cheirosa!!!”. (tecla sap: “Passou muito perfume, porra!!!').

Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada. Ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo,
acho homem que repara muito meio viado. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver...
- Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro)
> para nada!!!
- Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem
> rasgar!!!
Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão.
No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino..
Quando ele conta piadas e ri eu penso:
- “É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero”.
A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa
R$ 350,00

Lingerie
R$ 110,00

Maquiagem
R$ 80,00

Sapato
R$ 150,00

Depilação
R$ 80,00

Mão e pé
R$ 20,00

Perfume
R$ 180,00

Pílula anticoncepcional
R$ 30, 00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 1000,00 para sair com um Zé Ruela. Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL? A gente gasta muito mais para sair com eles do que ele com a gente!

Por isto amigos, valorizem seu próximo encontro e aprendam um pouco mais, sobre este 'ser fantástico', chamado mulher...

(não sei quem é a autora!)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo...

1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
FIM!!!

2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
-Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
- Nem fo...den...do!

(Luís Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Só posso escrever pra fugir da dor...

Eram quatro horas da manhã e eu sabia que não ia conseguir dormir de novo. Levei cerca de três horas para conseguir dormir e o sono não durava nem duas horas. Parecia um pesadelo, um misto de realidade com sonho inevitável e aquele fim de filme indesejável. Eu me viro pra um lado, para outro e me abraço no edredom, mas não adianta. Não é você.

Coloco a sua blusa debaixo do travesseiro para sentir que você ainda pode estar aqui por perto, e respiro fundo pro seu perfume entrar dentro mim, tomar conta de cada pedacinho do meu pulmão. Fecho os olhos e finjo você ali. Finjo eu ai. E ao mesmo tempo em que me sinto sua, não me sinto nada. Choro por medo que o perfume um dia suma e que eu não tenha mais aquele cheiro de blusa velha com desodorante e perfume paraguaio.

E então começa tudo de novo, vou montando um quebra-cabeça infinito, reunindo peças e diálogos do que eu poderia fazer no momento em que colocasse os pés no chão. Comprar uma passagem, colocar uma mochila nas costas e chegar lá sem avisar. Entrar no seu quarto deitar do seu lado e falar que te amo. Isso num dia, ou no outro. E os finais se alternam como um infinito RPG. Um dia é feliz, outro dia não.

E isso me mantém viva. Como conto de fadas árabe, contando histórias pra mim mesma, pra me manter viva. E sonho o dia todo, desde a hora em que não consigo dormir até a hora em que não consigo dormir de novo. E quando durmo, você vem. No sonho perfeito e real, comigo.

E quando acordo, me vem a vontade nauseante de nunca ter dormido. De acordar e não te ver ali. Pego o celular e procuro as mensagens que em um desespero apaguei. Quatorze dias que ele não toca, quatorze dias sem uma mensagem. E eu disco seu número e desligo, escrevo uma mensagem que nunca vou mandar. Choro mais algumas lágrimas e volto a dormir.

O choro me anestesia e acalma. A anestesia me deixa estática, apática e chata. Tranco a porta da casa, do quarto e me deito, querendo esquecer que eu existo, que você existe, ou que nós dois um dia existimos juntos. E de tanto pensar eu acabo imaginando que talvez sempre existimos juntos. E que não tem como existirmos separados.

E não adianta fazer nada pra não lembrar disso. Meu cabelo me lembra você, meu cheiro me lembra você, meu carro me lembra você, as músicas do rádio me lembram você, viver me lembra você. Vou me levantar agora e ir para onde, fazer o que? Não tenho vontade de existir, de me arrumar ou de comer. Só quero me trancar, mas me trancar também dói.

Tudo que eu faço essa dor não passa. Chorar, falar, gritar ou correr não levam ela embora. Eu vejo série na TV, escrevo texto, toco violão, leio um livro, abraço minha irmã, como brigadeiro…nada adianta. Meu cabelo está horrível, eu não tiro as sobrancelhas, não depilo as pernas, esqueço que existe maquiagem e uso a primeira roupa do guarda-roupa. Não tem porquê me arrumar, não tem porquê parecer linda e irresistível, porque não é pra você. E eu odeio me olhar no espelho, porque eu não sou mais a sua menina, a sua mulher, a sua motorista, a sua amiga, a namorada ciumenta, a amante insaciável.


Não tem porquê entrar no Orkut ou logar no MSN, você não vai estar lá. E se estiver, não vai ser mais o meu namorado. Não vai ser mais o meu amigo e não vai ser mais o MEU amor.

E todos falam a frase idiota do “vai passar”. Mas eu não quero. Eu não quero que isso passe. Eu quero poder te amar hoje e sempre. “Eu não quero saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim”.

E eu choro até dormir, choro quando passo na frente do shopping, choro quando abro meu computador e as suas fotos estão ali. Choro quando meu celular não toca de noite, ou quando não apita avisando mensagem. Eu choro quando vou no banheiro do serviço. Choro quando vou jantar. Choro ainda mais quando chega sexta-feira. Choro quando mandei lavar o carro e achei aquela bexiga de coração que você roubou na pizzaria, no dia dos namorados. E choro porque eu tenho medo de um dia não lembrar da sua voz.

Me dá um nó na garganta, e uma sensação de ter engolido toda a dor do mundo pela boca. E não conseguir vomitar toda essa ânsia. Odeio as pessoas que riem, odeio as pessoas que saem aos sábados para se divertirem, odeio pensar que você nunca mais estará aqui e odeio pensar que fui eu quem escolheu tudo isso.

Eu tento calar a voz que vem dentro de mim e que diz o contrário, e me culpo mais um pouco por tudo que fiz e que não fiz e que poderia ter feito. Imploro por mais um beijo, por mais um abraço, por mais um sorriso e só por um milímetro do teu corpo. Rezo por uma máquina do tempo que me leve de volta ao dia em que te vi pela primeira vez e então viver cada segundo em “slow motion”, com a tecla “pause” e repetir mais cinco vezes cada dia, e repetir mais cinco mil vezes eu te amo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

11 mandamentos para uma mulher inteligente

1 - Manter todas as expectativas fundamentadas na realidade;
2 - Nunca esquecer suas prioridades ou o seu eu;
3 - Não se dedicar a um homem mais do que ele se dedica a você;
4 - Não esperar por um homem mais tempo do que ele espera por você;
5 - Não passar mais tempo analisando os problemas de um homem do que você passa tentando compreender os seus;
6 - Não transformar um homem mortal no próprio Deus;
7 - Não cobiçar a vida de sua vizinha;
8 - Julgar todos os homem pela consistência de suas ações, e não por suas palavras;
9 - Não tolerar nenhuma forma de abuso;
10 - Desenvolver seus próprios talentos, seu próprio potencial e sua própria independência;
11 - Ser justa com os homens de sua vida e esperar justiça em troca.

("O que toda mulher inteligente deve saber" - Steven Carte & Julia Sokol)

domingo, 3 de maio de 2009

Republicando...

galera...
republiquei todos os meus textos, ou quase todos, do Christabel (meu antigo blog), com medo que a globo fique llouca e tire tudo do ar. Assim tenho aqui o registro do que já se passou..
Até.

2008

Do dia em que seremos felizes


Sinto frio nos pés. E o estômago revira. Sinto vontade de abrir a porta do escritório. Colocar os óculos escuros. Ligar o discman. Passar pela recepção. Não cumprimentar ninguém. E andar pelos próximos quarteirões sem saber para onde vou. Olhar o céu com aquele tom acinzentado de Ray-ban. Sentir o cabelo balançar conforme o vento. Assistir o balançar dos pés, um de frente ao outro. Me perder na confusão de minhas idéias. Me fundir com as letras das músicas que gritam nos meus ouvidos. Acreditar que eu sou uma nota. Dessa que sai bailando pelo ar e encontra outros ouvidos. Talvez, se fosse uma folha. Ou se fosse um pensamento. Este meu pensamento, que não sai da faixa número um. Fica ali repetindo as mesmas sílabas, as mesmas letras, as mesmas palavras, frases e desejos. Fico aqui reformulando o que deveria ter dito, ou não dito. O que poderia ter feito ou não feito. Como eu poderia voltar no tempo, ou avançá-lo para frente. Queria implorar para o cosmo: volta.

O sol me compreende e organiza um espetáculo à parte, para que meus olhos observem o ínfimo de mim. Um arco de luz envolve a bola quente chamada sol, e eu escolho me cegar à sua luz. Melhor cegar do que enxergar o que não suporto ver. E ando. Caminho. Canto. Rezo. Choro. Vomito. Leio. Penso. Ouço. Sinto. Sonho. Morro.

Um pouquinho por dia. Desde o dia que não te senti mais aqui. Um milímetro por segundo de mim se esvai neste ralo de vida. E eu penso que não sou nada. Que por mais que pense que sei tudo. Ou quase. Ou metade. Um terço. Um milímetro e meio não sou mais. Sou cinco quilos a menos. Sou olheiras. Sou enjôo. Sou incompreensão. Sou tristeza. Sou sua.

E vou morrendo um pouquinho por dia. Até não ser mais. Ou até ser demais. Não sei. E pé ante pé, penso. Não sei mesmo. Do que é feita a terra? E quem era deus mesmo? Música errada. Faixa número dois. Silencio o grito. Sufoco o vômito. Procuro o mapa. Aquele mesmo mapa que me mostrará onde foi que eu te perdi. Em que encruzilhada escolhi o caminho oposto? Em que discurso escolhi as palavras tortas? Em que trecho desse livro pulei o parágrafo certo?

Seria melhor realmente sair do escritório. Apagar essa consciência de vida. Ser nada. Ser eu. Ser nem sei quem. E, ainda, seria melhor ainda correr. Para afastar os fantasmas de um passado feio que me espanta. E correr para um futuro com o qual sonho todos os dias. E o dia em que seremos felizes? Eu espero. Faixa certa. Número três. Poprockdediscman.

Vou sentar naquela cadeira de metal com linhas de plástico, que ficam na frente das casas de avós. Abrir uma lata de refrigerante e me contentar em olhar a vida passar. As pessoas passarem. Os quilos passarem. Os anos passarem. E a minha solidão se conformar.

Se é que solidão se conforma. Solidão se acomoda. Se acorda um dia, olha no espelho. Escova os dentes. Vai trabalhar. Volta pra casa. Assiste novela das oito. Dorme. Sonha com a vida que gostaria de ter. E acorda de novo. E eu pediria nos sonhos: volta! E eu pediria em cada dia: segunda chance.

2008

Foi quando encontrei em ti o brilho que não via mais em mim
Quando achei estrelas num céu que há tanto estava escuro
Jurei para mim: é a última tentativa
E me apoiei nisso
Braço com braço
Perna ante perna
E será assim
Trarei estrelas, trarei o céu, e a lua
Para contemplar o amor que sinto por você
Para fazer sorrir o brilho dos teus olhos
E para arrancar de ti o mais belo sorriso
Para fazer de ti: o meu homem
E escolher um caminho de rosas
Perfumado, belo e com poucos espinhos
Eu e você
Para descrever a singeleza de um entrelaçar de dedos
Pele com pele, suor com suor
Minha mão com a sua
E um abraço forte
Por ti direi as belas palavras
Escreverei os mais belos poemas
Por ti... sorrirei todas as manhãs
Pois tu és o motivo de meus dias
O sorriso de meus lábios
O tema de meus pensamentos
A beleza dos meus sonhos
E a esperança do meu futuro
“Não consigo parar de te olhar”
“E não sei viver se for longe de você”